Histórias desobedientes para melhor entender e aceitar os limites
Produto: Livro
Formato: 14x22
Páginas: 240 a cores
ISBN: 9788861378872
Data de Publicação: 01/11/2011
Adequado para: Creche (idade 3-4), Pré-escola (idade 4-5), Ensino fundamental (6-7), Ensino fundamental (8-10)
Certo dia, no tranquilo país das Proibições, ecoou um grito.
“Chegaaaaaaa!” Assim mesmo, com todos aqueles A.
Eram as crianças que gritavam, todas as crianças daquele país. Gritavam porque estava fartas, mais que fartas, de todos os nãos não se pode não se deve proibido interdito, enfim, de todos os nãos que saltavam da boca dos adultos a todas as horas. Portanto, declararam uma revolução. Foi uma revolução oficial, não pensem que foi só uma simples birra.
Uma revolução com direito a cortejo na praça Liberdade e cartazes onde escreveram em letras maiúsculas “NÃO AO NÃO, PROIBIDO O PROIBIDO, BASTA DE DEVE-SE, ABAIXO O É PRECISO, MORTE AO INTERDITO”.
É assim que começa a aventura de um grupo de crianças que, cansadas de ouvir os outros dizerem-lhes o que podem e, sobretudo, o que não podem fazer, se revoltam contra as regras dos pais e decidem impor as suas próprias regras e proibições: proibido lavar os dentes, limpar os sapatos, arrumar, comer verduras, ir para a cama cedo… Só o Gino, um adulto solitário mas cheio de imaginação, conseguirá pôr os pequenos rebeldes – e os leitores – a reflectir sobre a importância das regras e sobre a necessidade de limites, contando-lhes simpáticas e eloquentes histórias. Um livro para ajudar as crianças da pré-primária e da escola primária a reflectir sobre o valor das regras e a aceitá-las serena e conscientemente. E também para ajudar os adultos a utilizá-las de maneira equilibrada, não punitiva, e a ter sempre presente o posto de vista dos mais pequenos.
Do livro:
As crianças do país das Proibições
Declaram
Oficialmente abolidas
E mortas para sempre
Todas as proibições.
De hoje em diante
As proibições
Inventamo-las nós.
Ponto final
Pim pam pum
Cada bola mata um
A todas as vossas proibições
Gritamos não em coro.
O Marco percebia de declarações, estava visto. O seu pai, Marco Aurélio, famoso pela sua inteligência, pela dentadura postiça e pelo jipe, era advogado. E o Marco, estando sempre a ouvir aquele palavreado todo, tinha acabado por o aprender.
Quanto ao pim pam pum cada bola mata um, o Marco (e com certeza não só ele) gostava muito de lengalengas e deve ter pensado que não haveria problema em meter uma na proclamação oficial.
Os grandes ficaram de boca aberta, mas não saiu uma única palavra do género não, não se pode, não se deve, proibido, interdito e absolutamente não.
Depois pegaram naquelas palavras e foram enfiá-las na última gaveta da cozinha.
- Proibidas as proibições
- A magia do Gino
- Proibido lavar os dentes (A bruxa Comearanhas)
- Proibido limpar os sapatos (O mordomo distraído)
- Proibido arrumar (A general Jéssica)
- Proibido desligar a televisão (Os amores do Carlos)
- Proibido comer as verduras (A princesa da sopa)
- Proibido meter os cintos (O mar do perigo)
- Proibido cumprimentar (Os meus cumprimentos a Vossa excelência)
- Proibido ir para a cama cedo (A bela adormecida no supermercado)
- Proibido estar aborrecido (Cidade ventosa)
- Proibido estar em silêncio (O castelo de cristal)
- Proibido ler (A frase mágica)
- Proibido trabalhar (O presidente)
- Proibido esperar (O autocarro amarelo)
- Proibido dizer a verdade (Uma notícia excepcional)
- Proibido chorar (O colector de lágrimas)
- Proibido precisar de ajuda
- Proibido recordar (Um truque de magia para o Tiago)
- Proibido ter medo (Companheiros de viagem)
- Proibido crescer (O Pequeno rei)
- Proibido morrer (A mítica Vá Devagarinho)
- Proibido proibir (Abaixo as regras)
- Em viagem
- Proibido