Com olhos de pai

Um homem a braços com uma das funções mais difíceis que possa acontecer a um homem hoje. Um profissional da educação ameaçado pelos terremotos da vida. Uma filha «simpática, teimosa, engraçada, insuportável, bonita e meiguíssima».
E com necessidades especiais.
Uma história entre um pai e uma filha, que fala do ser pai de todo filho, quando os filhos são o que são e pedem aos pais se se inventem e reinventem. Palavras que falam de pais a pais. E às mães, e aos filhos e aos homens e às mulheres que querem saber mais sobre a paternidade.
Um livro nascido em forma de diário, virou desde a primeira edição um motor de encontro, debates, leituras, experiências teatrais.
Uma obra em crescimento contínuo, graças aos olhares que encontrou e continua a encontrar para apoiá-la.

Do livro
Os pais são uma espécie em declínio, morrem milhares em tempos de guerra, desaparecem milhares procurando liberdade se têm a barriga cheia e e ainda outros tantos milhares procurando emprego se a barriga está vazia; dos que restam, muitos estão ausentes de manhã à noite, outros tantos a semana inteira, e uma quantidade um pouco menor por meses inteiros. Quando estão não sabem o que fazer e se fazem alguma coisa, em geral e no melhor dos casos, o fazem de forma desajeitada.

No restante do tempo, por fim, se dedicam às fantasias ingênuas sobre o futuro deles e de seus filhos que os manuais recomendam tolerar minimamente, pelo menos desde que não estejam doentes e desde que, entretanto, eles não fiquem de braços cruzados.
É por isso que na cultura contemporânea a tarefa paterna fundamental, supervisionar o futuro, tornou-se um passatempo para homens adultos psico-hábeis. No entanto, é a chance de pensar um filho que inventou o futuro”.

O livro está disponível também como e-book em versão e epub.